Oi pessoal, eu voltei. Sim, 2017, depois de tanto tempo, voltei. Voltei porque, mesmo com a correria, sempre adorei meu blog e o espaço que tenho para escrever aqui. Como vocês estão? Hoje decidi escrever um texto sobre a ideia de felicidade num mundo consumista como o nosso. Decidi escrever esse tema porque quero começar o ano refletindo.
Primeiramente, quando falamos em felicidade, para muitas pessoas, a primeira palavra a se pensar é “dinheiro”. Sim, dinheiro. Não serei hipócrita em fingir que não relacionamos felicidade ao dinheiro. Relacionamos. O tempo todo. Isso piora quando você é uma pessoa normal, com um salário razoável que normalmente usa para sobreviver, vendo e seguindo as milhares de pessoas, ricas, bonitas, magras, famosas e “felizes” – por ser tudo isso – no Snapchat, no YouTube ou no Instagram. Pois é. Não é fácil encarar a sua realidade vendo outras melhores que a sua. Mas será mesmo que elas são melhores?
Decidi criar o blog por estar cansada de buscar canais e blogs de lifestyle ou beleza que mostrassem a realidade. Produtos e serviços acessíveis. Parece que não há. Tudo para as pessoas com melhores condições é acessível. Porém o “acessível” deles é, no mínimo, R$50 numa blusa. Mas como assim? É possível estar na moda e se sentir bonita com roupas de segunda mão, de um brechó, ou simplesmente de uma loja mais barata. É possível se sentir maravilhosa “pechinchando”. E sinceramente? É isso que devemos fazer. Porque vários produtos que gastamos “rios” de dinheiro não são necessários ser de tal marca ou tal valor. Claro, é necessário investir em qualidade, mas também é necessário frear o nosso consumismo e a vontade de ostentar. A moda passa rápido. E nossa felicidade de compra também. É uma necessidade que nos empurra a sempre precisar renovar, comprando mais e mais.
E não, não concordo com a desigualdade social e financeira do mundo. Não concordo com o fato de termos que economizar tanto em coisas banais enquanto outros gastam muitos reais ou dólares em um produto básico. Sei o quanto o poder aquisitivo/de compra alto nos faz sentir bem. Mas não devemos resumir nossa felicidade a isso.
É possível ser linda com uma roupa de R$20 da lojinha popular do centro da cidade – que ninguém conhece – ou com uma base de R$10 da Ruby Rose (dica da minha amiga Tonks haha). É possível ser feliz estando em casa enquanto seu feed é bombardeado de fotos de pessoas em praias caras e chiques durante as férias. É possível ser feliz tendo gordurinhas e “pneus” mesmo vendo fotos a todo momento de pessoas com barriga “negativa”. É possível se sentir maravilhosa tirando uma foto do seu Samsung velhinho mesmo sabendo que vários amigos tiram fotos de seu iPhone 6. Sim, é difícil. Mas é possível. Porque nesse mundo injusto, capitalista e consumista, precisamos nos lembrar de quem somos. Mesmo que tentem te diminuir como ser humano e te resumir ao dinheiro que você possui, é possível lutar contra isso. E precisamos. Já pensou se acordássemos nos sentindo lindas como somos? Uma das maiores indústrias do mundo, a de cosméticos, provavelmente iria falir.
É possível associar felicidade a momentos felizes e não resumi-la ao dinheiro. Deixe de seguir algumas celebridades no Instagram. Deixe de acompanhar 24h as Kardashians no Snapchat. Pare de ver vídeos a todo momento de “Tour pela minha casa” (ou seria mansão?) de blogueiras com uma boa situação financeira. Chega de financiar esse tipo de entretenimento. Tente enxergar sua vida como ela é e como você pode mudá-la. Nem tudo se resume a comprar. A gente precisa viver. E viver não necessariamente tem a ver com compras. Mas sim com momentos. Se permita curtir um momento simples, estar cercada de quem se ama. Se permita ficar off dessa – falsa – felicidade mostrada nas redes sociais. Porque todo mundo possui problemas. Todas as famílias possuem brigas de perto. Todo mundo enfrenta algum monstro e tenta escondê-lo a todo custo da sociedade – e eu mesma me incluo nisso. Alguns enfrentam situações mais difíceis que outros. Mas sejamos gratos e orgulhosos por sermos quem somos.
Chega de se diminuir perto dessas pessoas “felizes”. Chega de comparar sua felicidade com base em um feed bonitinho de pessoas que viajam muito ou numa família de propaganda de margarina. Comece a se amar e a amar o que possui. Esteja orgulhoso de sua caminhada. Sinta-se livre a crescer sempre. Você não é o que você compra ou adquire. Dinheiro é só uma forma de concretizarmos ideias mas não é o único modo. Você é mais que isso. Nós somos. É possível sim ser feliz com menos do que nos dizem. Devemos resistir a esse bombardeio de consumo o qual estamos cercados. É difícil, mas precisamos dar o primeiro passo. É possível viver momentos felizes do nosso jeito, na nossa simplicidade. Porque é isso que a felicidade é. Ela simplesmente se manifesta em momentos felizes. Ninguém É feliz todo dia. Pessoas FICAM felizes. Todos nós possuímos altos e baixos. Devemos ter força para alcançarmos o alto, mas coragem para assumir – também – os baixos.
Espero que tenham refletido um pouquinho, assim como eu tentei fazer. Sei que minha visão pode mudar daqui a um tempo e que não sou dona da verdade, mas precisava compartilhar esses pensamentos. E para vocês? O que é ser feliz? Comentem aqui. A gente sabe que a simplicidade também anda com a felicidade. Até a próxima,
Fotos aleatórias adicionadas propositalmente: por eu mesma
Motivo de adicioná-las: indicam momentos simples e felizes que aconteceram na minha vida
Foto quando criança na piscina da amiga da minha mãe: 0 reais
Autógrafo do Cícero: menos de 10 reais o ingresso para seu show no Sesc + 1 hora na fila para vê-lo
Foto da minha gata: não tem preço